5 de maio de 2009

Bloco de Conveniências I


A possibilidade de se formar um bloco central a partir das próximas eleições legislativas é uma falácia, maldosa e enganadora, que pretende distrair o povo das verdadeiras circunstâncias em que se realizarão as eleições nacionais. Esta possibilidade é aventada a partir de um grupo de comentadores, ou jornalistas opinadores, e uns quantos politólogos que fazem o favor de baralhar as opiniões dos portugueses como se baralham cartas.

A ideia de um bloco central, discutido agora, subverte a realidade de um país onde o governo maioritário pretende renovar a maioria e onde o maior partido da oposição é inócuo e incapaz de gerar confiança política consistente que mereça a preferência dos eleitores. Portanto, trabalhar sobre este cenário só pode ser uma brincadeira, ou então um acto de desespero na tentativa de erguer o peso de Manuela Ferreira Leite como putativa alternativa de governo.

Seja como for é desonesto. E é também uma provocação á inteligência das pessoas, o que aliás se repete com frequência no espaço e no tempo que estas pessoas usam em jornais, rádios e televisões ao serviço de soluções que por si só anulam a sua credibilidade. Por convenientes blocos de interesses.

Quer se queira quer não se queira as próximas eleições legislativas serão exaustivamente centradas no pedido de uma nova maioria absoluta do PS. E esta legitimidade é tanta como a de defender a sua acção governativa. Quanto ao PSD, já aqui o referi tantas vezes, deve construir o seu caminho e apresentar-se com a confiança de quem acredita no seu projecto.

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