2 de maio de 2009

Desculpas e lamentos!


Que justificação pode ter o ataque a Vital Moreira? Desaprovação do governo? Desacordo nas ideias? Contas antigas? Seja qual for a resposta o serviço prestado por alguns participantes na comemoração do 1º de Maio, organizadas pela CGTP, é um mau préstimo à democracia e ao país que dizem pretender defender com lutas e ideias alternativas àquelas que têm sido sufragadas pelos portugueses nos últimos 35 anos.

Não é ingénua a reacção dos combativos sindicalistas que atacaram Vital Moreira. Nos últimos meses quer a CGTP quer o PCP têm acicatado os ânimos negativos contra o governo e contra o PS. E esta atitude, pródiga no mais miserável sentido, veio apenas confirmar o “enchimento do balão” que estrategicamente tem vindo a ser feito à porta de fábricas, de escolas, de cimeiras, etc.

O ataque à integridade física e à liberdade de um candidato democrata não tem justificação. Nem perdão. Ou tão pouco se esbate nas desculpas e nos lamentos. O que se passou ontem em Lisboa é apenas uma repetição de outros acontecimentos do género ao longo da nossa democracia. O que ontem ocorreu é também um sinal da fraqueza daqueles que não se convencem que as suas ideias não imperam neste país por vontade do povo português.

As agressões a Vital Moreira tornaram-se no caso de uma campanha frágil de ideias sobre a Europa e o papel de Portugal no contexto europeu e internacional. Porque, é importante dize-lo, os restantes candidatos e partidos fazem destas eleições um combate cerrado ao governo português, contra a necessidade de validar ideias e alternativas no plano europeu. O serviço que os restantes candidatos prestam aos portugueses, cépticos e descrentes destas eleições, é o da inexistência de importância e de secundarismo nas prioridades que deveriam servir os cidadãos. Aquilo em que se está a tornar esta campanha não é muito diferente das agressões ao candidato socialista. Sem desculpas e lamentações!

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