16 de janeiro de 2009

Sem Maioria Absoluta: Remodelar!



Uma sondagem SIC/EXPRESSO/RR, elaborada pela Eurosondagem dá a indicação da descida do PS nas intenções de voto, retirando e distanciando a maioria absoluta. O PS desce mas Sócrates sobe e é cada vez mais o valor socialista das eleições legislativas. Neste caso também a líder do PSD desce e o seu partido sobre uma décima. BE é o terceiro partido nas intenções de voto, consolidando a terceira posição à frente de CDU. Quanto ao CDS mantém as intenções e o quinto lugar. Cavaco Silva reforça em 4% a sua popularidade junto dos portugueses.

Mas dado curioso deste estudo é a imagem negativa do governo, agudizando o peso negativo nas intenções de voto dos portugueses; ou seja, preferem Sócrates a Ferreira Leite ou a outro líder para Primeiro-Ministro, mas não gostam do seu governo e desconfiam do PS.

Posto isto e muito mais que o PM avaliará com rigorosa e objectiva ponderação parece-me inevitável uma remodelação governamental ainda no primeiro trimestre. Se o cenário de eleições antecipadas não se confirma, e cada vez é mais difícil, não resta a Sócrates outra solução se quiser manter a maioria absoluta.

Mas tão importante como essa remodelação é uma nova atitude no discurso do PS. Não ideológica ou de conteúdos mas de estilo. As posições incoerentes da bancada parlamentar, a baixa dinâmica e mobilização nas estruturas federativas e concelhias é um custo que agora se paga por uma liderança mais vocacionada para governar o país. A tudo isto não é dissociável o processo de Manuel Alegre. A possibilidade de uma cisão, o mau estar no seio do PS e do seu eleitorado agrava-se com o passar do tempo. Nesta matéria Sócrates não demonstra firmeza e isso terá custos gravosos nas suas ambições.

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