18 de maio de 2009

A decisão de Alegre

A decisão de Manuel Alegre não me espanta. Aliás partilho da opinião que atribui à sua decisão um atraso de 3 anos e que explica, sucintamente, que Alegre há muito que não era deputado do PS. Também já aqui o escrevi e mantenho-o.

A decisão de Manuel Alegre é, de facto, uma não notícia, apenas alguns, com exagerada vontade de gerar instabilidade e de fazer ouvir as suas opiniões poderiam defender que Alegre promoveria uma cisão no PS. Não o faz por saber que essa não é a sua vocação e que tal poderia culminar num esvaziamento de capital político que ainda considera ter. Na verdade a grande maioria dos eleitores que apoiaram Alegre fizeram-no num determinado contexto que agora não se repete, e que nem está em causa, mas que não confundem o seu voto numa realidade diferente.

Na minha opinião nem é bom nem mau que Manuel Alegre tenha decidido manter-se no PS e não ser candidato nas próximas legislativas. Mas julgo, ou antevejo, uma participação significativa dos seus indefectíveis como uma segurança do apoio e da força de pressão que o mesmo quer manter. E isso, a acontecer, vai para além de um discurso moralista e patriótico. Muito além, infelizmente…

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