3 de fevereiro de 2009

Os sinais da ingovernabilidade



Em entrevista a Mário Crespo, Pedro Passos Coelho diz-se disponível e preparado para ser primeiro-ministro, e ainda afirmou o óbvio: Manuela Ferreira Leite já perdeu demasiadas oportunidades para fazer oposição. Para mim, o PSD perdeu quando optou por uma liderança apagada e de continuidade em detrimento de um líder com a pujança e o significado de modernidade como Passos Coelho.


Não considero ser preciso dizer mais nada. Está tudo dito pelo próprio Pedro Passos Coelho. Mas estou curioso para saber como Pacheco Pereira e António Borges, e ainda Rui Rio e Marcelo R. Sousa, vão justificar esta posição do militante e mais que evidente candidato a Presidente do PSD sobre o... PSD!? Ou melhor, como vão defender MFL de uma análise que parece colher a concordância da maior parte dos comentadores e analistas. Com tanta habilidade intelectual para construir verdades absolutas a coisa promete...


Considerando as palavras de PPC, o que querem realmente dizer e quais as motivações e consequências, é fácil perceber que o PSD está longe de formar governo, ou sequer, de partir para a campanha das legislativas com um projecto credível e sustentado. A cada dia que passa percebe-se a dificuldade do maior partido da oposição em fazer política alternativa. É um engano julgar que as energias do PSD estão concentradas na resolução dos problemas nacionais. Pelo contrário, os problemas internos são mais que evidentes e mobilizadores dessas energias. E não sou quem o diz, é Pedro Passos Coelho.


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