12 de janeiro de 2009

Portugal e os Portugueses


Eleito pela FIFA o melhor jogador de futebol do mundo em 2008, Cristiano Ronaldo vê coroada de máximo êxito uma época inesquecível. É bem certo que para alguns apreciadores de futebol ficará sempre qualquer coisa por fazer em nome da excelência, e para outros prevalecerá a injustiça da exclusão do seu ídolo neste prémio. Cristiano Ronaldo merece o prémio. E Messi não deixará de ver reconhecida tanta habilidade e talento.

Após a fenomenal carreira futebolística de Luís Figo, igualmente eleito o melhor do mundo, depois do reconhecimento mundial de Eusébio desde a década de sessenta do século passado, Portugal vê-se distinguido mundialmente por mais um desportista seu. Mas temos outros motivos de orgulho como Vanessa Fernandes, Nelson Évora, Rosa Mota, Fernando Mamede e Carlos Lopes no desporto e Amália e Marisa no Fado, ou José Saramago, Cardoso Pires, Lobo Antunes e Paula Rego na cultura, entre tantos outros cientistas, académicos e empresários. Portugal deve sobretudo orgulhar-se do seu povo: da sua resistência às amarguras lusas.

Portugal deve viver – até porque lhe falta a auto-estima – a euforia da eleição do melhor futebolista do Mundo. Conquanto a crise mantém-se e as dificuldades agravam-se e convém não adormecer com tão boa noticia. A oportunidade desta eleição não beneficiará os que continuam a sofrer e a passar contrariedades. Apenas lhes anima o espírito patriótico.

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