20 de janeiro de 2009

Euforias e Interesses.


Partilhei com muitos o desejo da vitória de Obama na corrida para Presidente dos Estados Unidos da América. Fiquei feliz com a sua eleição. Fiquei igualmente feliz pelo fim – anunciado e previsto – de W. Bush. A sua eleição representa muito mais que a eleição de um afro-americano: isso compete à espectacularidade da política, embora seja um sinal de progresso num país que há 50 anos era segracionista; representa uma lufada de ar fresco na política internacional.

Mas não partilho das euforias em torno de Obama. Assustam-me até tantas e magnas expectativas. Barack Obama será a partir de hoje Presidente da única super-potência no nosso planeta e isso não podemos ignorar, porque nem só de eloquência e vontade se fazem os políticos, também de condicionalismos e de interesses, sobretudo de interesses. É elementar nas noções diplomáticas e em Ciência Política que os Estados não têm inimigos, apenas interesses e os dos EUA não são desconhecidos, nem serão hipotecados. Mas não deixa de ser uma nova diplomacia, mais moderada e assertiva.

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