27 de janeiro de 2009

Crise Social



Num só dia várias multinacionais anunciaram o despedimento de 70.000 trabalhadores. Num só dia, em todo o mundo! E nestes meses que passaram, entre bancos, fábricas de automóveis e empresas dos sectores electrónico e informático outras centenas de milhares de trabalhadores perderam o seu posto de trabalho, ficaram sem a sua estabilidade sócio-financeira assegurada e entraram no mundo inseguro do desemprego.

Temos ouvido falar da crise financeira e económica, dos relatos de falências e da queda de acções como se de um baralho de cartas se tratassem. E têm-nos dito que é previsível surgir uma crise social grave e histórica. Pois bem, aí está ela: tomando posse dos cidadãos anónimos que trabalharam com esforço e dedicação pela salvaguarda dos seus empregos e pela viabilidade das suas empresas. E esta crise social tende a agravar, porque o que surgiu nestes últimos meses nada mais é do que o principio, um género de anúncio macabro de tempos bem difíceis de aguentar.

E de uma vez por todas devemos reconhecer e assumir a globalização das causas e das consequências, e deveremos agir também localmente, sem desvios e sem demagogia. Julgo que nestas matérias, e sendo desconhecida a magnitude deste terramoto mundial, nenhum de nós tem condições de garantir uma solução única e capaz. E por isso devemos entender e compreender as motivações das diferentes propostas.

Sem comentários:

Enviar um comentário