25 de janeiro de 2009

A credível razão das Cimeiras Ibéricas



A 24.ª cimeira luso-espanhola, em Zamora, concentrou na agenda de discussão o TGV e a energia. Esta Cimeira Ibérica, como as vinte e três que a antecederam reveste-se da maior importância. Não só pelos temas em discussão, mas por um principio de estabilidade e de bom relacionamento.

Aos estados vizinhos serve uma relação de amizade e de cooperação que vise promover um desenvolvimento comum, apesar das características e da independência de cada país. Mas esta relação deve também servir para fomentar o progresso e estabelecer objectivos de equilíbrio social e económico. Ou seja, para além dos projectos de investimento público comum, além das medidas partilhadas na área da justiça e da segurança, da gestão e protecção dos recursos naturais, compete aos dois estados promover uma qualidade de vida harmoniosa e equiparada. E a qualidade de vida deve ter por base critérios semelhantes em Portugal e Espanha ao nível das carreiras, dos salários, das regalias e do poder de compra. Devem os países fomentar e proteger as suas empresas com igualdade de oportunidades e incentivar o consumo dos seus produtos no mercado ibérico.

É importante que políticas comuns de transporte, como é o caso do TGV, de gestão da água e das barragens, e da diminuição da dependência energética sejam tratadas e acordadas pelos governos. Estas como outras serão princípios elementares de uma cooperação progressista e vencedora. Aligeirar os acordos entre estados vizinhos, torná-los vítimas do combate político e da demagogia é revelar não apenas irresponsabilidade mas sobretudo incompetência. E nesta matéria, a líder do PSD, demonstra à saciedade a sua incapacidade de governar com sentido de estado e com credibilidade moral.

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