
Considero a discussão sobre os prémios dos gestores um absurdo típico de uma sociedade habituada a valorizar o acessório em detrimento do essencial. E quando refiro a sociedade não desculpo os líderes de opinião que nos jornais e nas televisões e nos partidos viciam a argumentação séria e objectiva.
Na verdade nada me incomoda que os gestores sejam premiados pelo desempenho das suas funções, desde que esse desempenho se centre nos objectivos de mérito e de serviço cumprido. Tão pouco constitui preocupação o facto de gestores – públicos ou privados – serem reconhecidos pelo seu trabalho, o que normalmente se reflecte na vitalidade das empresas, na garantia dos postos de trabalho e no desenvolvimento da economia.
Ou seja, se um gestor conseguir cumprir os objectivos traçados pelos accionistas – e no caso das empresas do estado relembro que esses accionistas somos nós – e no seu cumprimento valorizar os activos e aumentar a produtividade e o lucro, então parece-me óbvio e sensato quer esse gestor seja premiado.
Mas o que parece ser a confusão e o aproveitamento para se tratarem todos como igual é o pagamento de prémios a maus gestores, aqueles que geram sucessivos prejuízos nas empresas que administram. E esse é evidente que não merecem prémios ou sequer a confiança dos seus accionistas, mas no caso dos privados esse é um problema que nos transcende, excepto no caso dos apoios estatais.
E no caso das empresas públicas – e existem muitos casos, infelizmente – a solução passa por contribuir com uma nova carreira na vida profissional de tais gestores. E isto é tão básico que me parece absurdo querer tratar todos como prevaricadores e incompetentes. Aliás este discurso, populista e radical, da esquerda caviar e da direita propagandística é um mau estímulo para que se regenerem os perfis dos gestores.
Agora, prejudicar os gestores que em circunstâncias difíceis e de crise foram capazes de gerar riqueza, promover investimento e manter postos de trabalho não é apenas “inveja social”, é também e sobretudo burrice, no mais elementar sentido da expressão. E com isto Portugal não tem nada a ganhar, pelo contrário estimula a saída de gestores para o estrangeiro, o que nos últimos anos tanto temos lamentado.
Por fim, a boleia que muitos quiseram aproveitar foi a dos casos americanos e da intervenção de Obama na repartição de prémios nas empresas intervencionadas. Outro erro de análise, que espelha o sentido reactivo e oportunista, porque no caso em concreto as intervenções existiram e a justiça actua, e aqui não. Como português fico contente e satisfeito com os lucros da PT e da EDP, e de tantas outras empresas, porque essa é missão do sector mais contributivo em Portugal!
Na verdade nada me incomoda que os gestores sejam premiados pelo desempenho das suas funções, desde que esse desempenho se centre nos objectivos de mérito e de serviço cumprido. Tão pouco constitui preocupação o facto de gestores – públicos ou privados – serem reconhecidos pelo seu trabalho, o que normalmente se reflecte na vitalidade das empresas, na garantia dos postos de trabalho e no desenvolvimento da economia.
Ou seja, se um gestor conseguir cumprir os objectivos traçados pelos accionistas – e no caso das empresas do estado relembro que esses accionistas somos nós – e no seu cumprimento valorizar os activos e aumentar a produtividade e o lucro, então parece-me óbvio e sensato quer esse gestor seja premiado.
Mas o que parece ser a confusão e o aproveitamento para se tratarem todos como igual é o pagamento de prémios a maus gestores, aqueles que geram sucessivos prejuízos nas empresas que administram. E esse é evidente que não merecem prémios ou sequer a confiança dos seus accionistas, mas no caso dos privados esse é um problema que nos transcende, excepto no caso dos apoios estatais.
E no caso das empresas públicas – e existem muitos casos, infelizmente – a solução passa por contribuir com uma nova carreira na vida profissional de tais gestores. E isto é tão básico que me parece absurdo querer tratar todos como prevaricadores e incompetentes. Aliás este discurso, populista e radical, da esquerda caviar e da direita propagandística é um mau estímulo para que se regenerem os perfis dos gestores.
Agora, prejudicar os gestores que em circunstâncias difíceis e de crise foram capazes de gerar riqueza, promover investimento e manter postos de trabalho não é apenas “inveja social”, é também e sobretudo burrice, no mais elementar sentido da expressão. E com isto Portugal não tem nada a ganhar, pelo contrário estimula a saída de gestores para o estrangeiro, o que nos últimos anos tanto temos lamentado.
Por fim, a boleia que muitos quiseram aproveitar foi a dos casos americanos e da intervenção de Obama na repartição de prémios nas empresas intervencionadas. Outro erro de análise, que espelha o sentido reactivo e oportunista, porque no caso em concreto as intervenções existiram e a justiça actua, e aqui não. Como português fico contente e satisfeito com os lucros da PT e da EDP, e de tantas outras empresas, porque essa é missão do sector mais contributivo em Portugal!