
Não me parece importante apurar responsabilidades. A verdade é que a culpa se reparte numa ligeira interpretação dos cargos públicos, sobretudo aqueles em que está em causa o funcionamento das instituições. E nem o PS nem o PSD são capazes de perceber tal urgência e prioridade. Desde que a cada um se satisfaça um ego de poder e de prestigio. Enquanto isso a credibilidade da democracia descai aos olhos dos cidadãos.
E aos cidadãos é-lhes passada uma imagem de controlo sobre quem os protege! Aos cidadãos, num estado em que a justiça é morosa e nem sempre eficaz, é dado a entender que antes dos seus interesses existem outros que importam salvaguardar. E num mandato tão activo, é oportuna uma intervenção do Presidente da República: não para vetar nomes, mas para fazer um ponto de ordem à mesa e retomar – como lhe compete – o melhor funcionamento das instituições!
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